Foto: Renan Mattos (Diário)
A cadelinha Bela foi adaptada às roupas desde pequena e, de acordo com a tutora Vanessa, adora diferentes peças
Em busca de melhor conforto, aparência ou estética, alguns tutores são conhecidos por não pouparem dinheiro quando seus pets são o assunto. Em Santa Maria, o mercado e a demanda por roupas e acessórios cresce a cada ano. Com tanta empolgação destinada ao segmento, surge a pergunta: poderiam as fantasias de super-heróis, as roupas de times ou as bandanas trazerem algum risco de saúde para os bichinhos? Ao mesmo tempo em que reconhece o movimento crescente das vendas de roupas para caninos e felinos, o dono da loja virtual Pet Mania Modas Odinei Kieling não rechaça essa hipótese de prejudicar os pets.
- Esse ramo em Santa Maria cresceu muito. As roupas e acessórios feitos de tecido são agradáveis para os animais. Mesmo assim, não são todos que gostam - avisa Kieling, que completou um ano no ramo.
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Cliente assídua da Pet Mania, a cirurgiã dentista Vanessa Ferrari Teixeira adora os acessórios para os pets, mas admite que é preciso ter cautela ao adaptar os bichinhos aos enfeites. - Já cuidei de outros cachorros que não aceitavam as roupinhas, ficavam estagnados ou se escondiam. Isso acontece - conta Vanessa.
De acordo com a experiência da tutora, o melhor a fazer é apresentar as opções, sem forçar, ao bichinho, desde os primeiros meses de vida do animal.
- Hoje em dia, minha cadelinha Bela até pede para se enfeitar. Vejo que ela gosta, e, para mim, é isso que importa: vê-la feliz. Até certo ponto, é mais importante ainda agasalhar os bichos com a chegada do frio - acrescenta a dentista.
HIGIENE
A veterinária especialista em dermatologia animal Cristian Raquel Machado Alves, responsável pela clínica Crisvet, diz que as roupas podem ser usadas, mas o cuidado é essencial.
- Essa é uma briga que temos. Em pacientes alérgicos, as roupas podem causar danos, além de abafar a pele. Tem gente que coloca muitas camadas e abafa os pets. Para alguns, piora a alergia. Para animais que não são alérgicos e que não tenham muitos pelos, é uma opção interessante. Mas, antigamente, eles viviam soltos pelos campos. Eles não têm necessidade disto - adverte Cris.
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Entretanto, ela não descarta o uso das roupinhas. Mas, segundo a veterinária, as medidas de higiene com as peças de roupas animais devem ser iguais às tomadas com as roupas humanas.
- Você não usa a mesma roupa o dia inteiro sem tirar ou sem lavar. É, também, necessário cuidar de como você lava, porque alguns perfumes ou amaciantes agridem. Para nós, o cheiro fica agradável. Para eles, pode irritar. O ideal é usar produtos neutros - diz.
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A veterinária ainda faz a sugestão de mais algumas medidas para quem não dispensa agasalhar seu animalzinho, seja por estética ou por necessidade.
- Se o tutor colocar a roupa no pet e, mais tarde, tirar para deixar o animal respirar, não tem problema. Também é preciso limpar a pelagem morta. Para animais de pelos longos, como shihtzus ou yorkshires, é preciso uma tosa baixa para evitar problemas dermatológicos. Finalmente, para quem deseja somente proteger seu pet do frio, a preferência deve ser por cobertores. Estes protegem muito bem os bichinhos dos climas gélidos em casa, além de permitir a mobilidade sem a roupa. (Colaborou Lorenzo Seixas)
ONDE ENCONTRAR
- Há opções de marcas diferentes, em tamanhos que vão de XPP até XGG, para roupas normais, saias, macacões, casacos, entre outras peças de vestuário animal, à venda, em Santa Maria. Confira:
- Pet Mania Modas (Loja virtual) - R$ 20 a R$ 50
- Cia dos Bichos (Matriz, na Rua Dr. Bozzano, 370, Bairro Centro) - R$ 13,90 a R$ 234,90
- Planet Dog (Rua Coronel Niederauer, 758, Bairro Bonfim) - R$ 19,90 a R$ 289,90
